segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Vazamento faz MEC substituir consórcio do Enem

A empresa que havia sido contratada para aplicar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está fora da nova prova, que será realizada em novembro. Segundo o Estado apurou, a decisão já foi tomada pelo Ministério da Educação (MEC), que agora busca soluções jurídicas para romper o contrato com o Connasel, consórcio que reúne empresas de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
O exame foi cancelado na quinta-feira depois que o Estado informou o MEC sobre o vazamento do caderno de questões. A nova data do Enem e os detalhes sobre a organização da prova serão divulgados na quarta-feira, 7, segundo o ministro Fernando Haddad.Ele disse que vai propor, nesta segunda-feira, 5, aos reitores o adiamento do vestibular de algumas universidades para evitar a coincidência de datas e permitir que a nota do Enem seja usada na seleção dos alunos. Mas, se isso não for possível, o MEC pode realizar o exame em dois dias úteis, que seriam transformados em feriados escolares excepcionais. "Estamos apurando todo o calendário de vestibulares e outros concursos, como o do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para compatibilizar as datas", afirmou o ministro. A reunião começa pela manhã e terá a participação de uma comissão representativa dos reitores de 55 universidades, 31 instituições federais e secretários da educação dos Estados.Paralelamente, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) se reunirá com o Connasel. Segundo o Estado apurou, ainda não foi definido se uma nova empresa ficará responsável pela prova ou se o próprio Inep fará esse trabalho. A reportagem entrou ontem em contato, por telefone, com a direção do Connasel, mas não obteve resposta. SegurançaHaddad vai também se reunir, amanhã, com o ministro da Justiça, Tarso Genro. Ele pedirá a participação da inteligência da Polícia Federal (PF) na supervisão da segurança e na correção dos pontos frágeis detectados. "Todo o mapeamento do novo Enem e os cenários serão submetidos ao ministro Tarso e à inteligência da PF", afirma Haddad.

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